26 de março de 2011

A Metamorfose (Franz Kafka) - Crítica

Falar e elogiar Kafka é lugar comum, não por acaso, afinal estamos falando de um mestre incontestável da literatura que é lido e reverenciado por mais e mais gerações que jamais esquecem a genialidade das obras do autor.

Metamorfose talvez seja o seu escrito mais afamado, primeiramente devido a temática absurda que atrai leitores desavisados em relação a obra, por outro a extensão que é bem reduzida, em um dia livre pode-se ler o livro todo sem grande esforço.

Agora, quanto a qualidade não o que polemizar ou discutir, a obra só pode ser definida como genial. É uma leitura descomplicada mas densa, pode ser lida e parecer compreensível sem que no entanto o leitor verdadeiramente compreenda a profundidade das questões de dramas humanos filosóficos e psicologicos na transmutação do humano no inseto que acreditamos ser dos mais abjetos, ainda que de maneira metafórica.

Entrar em detalhes narrativos não parece ser necessário em Metamorfose, até mesmo porque a prerrogativa é bem simples, Gregor Samsa acorda um dia e vê-se transformado num inseto de amplas proporções, o que é uma metáfora simplesmente brilhante de certos aspectos da condição humanda, é isso, mas é bem mais do que parece.

Permitindo um pouco de divagação, é em obras como esta que você olha e enxerga a diferença que salta aos olhos da mera história de entretenimento para o clássico supremo, há neste clássico algo de superior e sublime que nem a mais feliz das obras somente pretendentes a entreter jamais sonhariam em alcançar. Admito porém que a comparação é injusta com livros comuns que apenas querem gerar diversão descompromissada

Finalizando, se você quer ler livros que fizeram da literatura a arte consagrada que é, A Metamorfose de Kafka é uma leitura que recomendo sem hesitar.


Ewerton Gonçalves

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