3 de junho de 2011

Dezesseis Luas (Kami Garcia & Margaret Stohl) - Crítica / Resenha


Dezesseis luas tem uma trama com vários pontos diferentes de todos os romances sobrenaturais que li, a história desenvolve-se na pequena cidade de Gatlin, onde nada mudava nunca, vizinhos tomando conta da vida dos outros, associações de senhoras gordas, população totalmente avessa as mudanças e a novos moradores e uma única escola de ensino médio, a Jackson High, onde estuda Ethan. 


Ethan é um garoto e faz a narrativa do livro, é o grande diferencial, pois o comum nesse tipo de livro é a narração feminina, ele dá todo um toque cômico no texto e nos permite perceber a visão dos sentimentos por um adolescente (Aí meninas!! Enfim um garoto se derretendo! Coisa que eu só tinha visto em Midnight Sun ,obra  inacabada da Stephenie Meyer, infelizmente). Bom, Ethan vinha sonhando há meses com uma misteriosa garota e no retorno as aulas eis que (advinha!) bum!! Dá de testa, ou melhor, quase atropela Lena Duchannes, literalmente a garota de seus sonhos e também nova na cidade.

Lena é misteriosa e para variar de início não dá muita bola para Ethan, entretanto fatos estranhos começam acontecer tanto na escola quanto em Gatlin, o adjetivo “nova” é mais propriamente um defeito, a garota começa a ser perseguida por todos da cidade (para os especialistas, como está na moda, verdadeiro Bullying). Além disso, Lena tem coisas a mais para se preocupar, há uma maldição que se concretizará quando ela completar dezesseis anos (daí entende-se o porquê do título do livro), mas o amor entre ela e Ethan já era predestinado, e nem por isso será fácil ficarem juntos.

Outro ponto importante a ser citado é que diferente das ações suicidas de Bella (da Saga Crepúsculo), Ethan é mais centrado, até mais racional e tem certo medo do mundo dos Conjuradores (eles não querem ser chamados de bruxos, kkk) de Lena e sua família. O livro é surpreendente, não tem como parar de ler, e o mais engraçado é que mesmo diante de um turbilhão de coisas acontecendo, as autoras ainda encontram um “time” para fazer chacota de lobisomens e vampiros... Conjuradores, Incubus, Lilum, seres das Trevas e da Luz existem, mas homens lobos e sanguessugas nem pensar, isso é coisa de outro mundo (!) inventada por meros Mortais! 

Mas o que me chamou atenção foram as belíssimas citações que o livro contem, elas fazem referência a Shakespeare, Sir Francis Bacon, Eurípedes, Khalil Gibran, Martin Luther King e outros. Além de descrições cheias de sentimentos e detalhes “... papel velho... era o cheiro do próprio tempo...” E como todos os livros em série, este termina sem responder diversas perguntas do leitor, com mais mistérios para serem desvendados, o que é a pimenta para o próximo livro. Então, eu me pergunto quantas luas serão necessárias para que esta história de amor instigante se resolva?

Acredito que a miscigenação das idéias dessas duas autoras foi perfeita, toda a superstição de Kami Garcia e a escrita criativa de Margaret Stohl gerando como resultado Dezesseis Luas, seu primeiro romance, e eu fico aqui roendo a unhas e sonhando com o volume dois! 

Até a próxima lua meus queridos...

Bella :)



[4 de 5]


2 comentários:

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