Sempre tive muitas reticências em emprestar livros e não é por egoísmo (ao menos prefiro supor que não); a razão primordial é que as pessoas parecem não ter muito apreço pelo objeto como eu.
E nem é tanto pelo manuseio indevido, o maior problema é o curioso hábito das pessoas de sumir com suas obras literárias sem deixar vestígios. Para tanto, eles usam de diversas artimanhas como o "esqueci mas na próxima vez eu trago" ou "não terminei de ler ainda mas essa semana...".
Não são todos os casos em que a principal causa é antiética, aliás creio que a minoria das pessoas tem isso como motivação. A maior dificuldade é mesmo o desleixo pois dificilmente aquele que pede emprestado dá a mesma importância que você atribui ao livro enquanto dono.
Agora considerando que são basicamente dois tipos de pessoas que querem empréstimos:
próximas e distantes; em ambos os casos há considerável margem para problemas.
No caso de emprestar para quem não se conhece bem, o principal problema é a óbvia falta de segurança que o processo envolve. É a velha história de deixar alguma coisa com alguém que depois some sem deixar qualquer vestígio de sua estadia pelo mundo.
Já na possibilidade de emprestar aos amigos, o pouco caso deles para com seus livros certamente tem grande capacidade de gerar uma situação chata onde você por um lado reclama com o amigo e ele acaba achando que a situação toda está sendo superestimada.
Por tentar evitar essas situações prefiro não emprestar livros... Acho que o ideal mesmo seria ter desapego o suficiente para doá-los, mas aí é um passo que requer desprendimento ainda ausente da minha parte.

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