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Editora Martins Fontes |
É difícil alguém conhecer quadrinhos e não ter lido pelo menos uma ou outra tira de Mafalda. A personagem de Quino - que adora fazer uma crítica social mordaz com sua ingenuidade infantil - está em tudo quanto é livro didático representando momentos históricos ou exemplificando questões linguísticas.
Toda esta fama não é imerecida, pois basta ler 3 ou 4 tiras (ou apenas uma das melhores) para conhecer a qualidade inegável deste quadrinho que atravessou gerações mesmo falando de assuntos particulares de sua época.
Mafalda 1 traz diversas tiras que deixam bastante claro a dicotomia entre infantilidade e genialidade representada pela personagem; sempre fazendo reflexões extremamente profundas do jeito ingênuo e simples por ela consagrado.
Os temas variam focando-se nas questões globais de forma geral; sobretudo política internacional e comportamento social (o que já engloba quase tudo). A genialidade fica por conta da habilidade de Quino em fazer alegorias impressionantes com situações prosaicas do cotidiano de crianças referindo-se a tais situações complexas.
A crítica - ou simples observação - do autor é às vezes tão bem formada que arranca uns aplausos mentais (se é que isso faz algum sentido) do leitor que quer ler uma história depois da outra num processo que incomoda apenas por passar depressa em excesso.
Em si, a edição não tem falhas. Claro que uma ou outra história não é ótima, mas nenhuma chega a ser ruim. Todas as tiras são ao menos boas e não são poucas aquelas dignas de serem lembradas por muito tempo.
Mafalda é daqueles quadrinhos que simplesmente orgulham o gênero proporcionando reflexões profundas ao alcance de (quase) qualquer um. Se você gosta de coisa boa, recomendo completamente.

4 de 5 (Muito Bom)
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