Clássicos do Cinema Turma da Mônica: Titônica - Crítica / Resenha

Panini / Mauricio de Sousa

Gerações de leitores modernos tiveram como início os quadrinhos d'A Turma da Mônica em suas piadas tão leves quanto extremamente divertidas; principalmente para os pequenos que são o público alvo das histórias.

Agora imagine os carismáticos Mônica, Cebolinha, Magali e Cascão (e todos os outros secundários) vivendo tramas clássicas do cinema só que com seu humor escrachado, total despojamento e as imprescindíveis coelhadas.

Este é o interessantíssimo e simples mote da coleção Clássicos do Cinema Turma da Mônica que mais uma vez acerta adaptando o premiado filme Titanic em Titônica. 

A história da HQ, como sempre, faz sátira a várias das cenas clássicas da produção cinematográfica, sempre buscando dar maior valor aos personagens da Turminha. Desta forma, não vemos Rose e Jack, mas sim, felizmente, Mônica e Cebolinha; o mesmo ocorre com todos os outros integrantes da narrativa. Um exemplo óbvio é Magali que apesar de estar na pele de mãe da Mônica (?!) tem como maior característica comer como se não houvesse amanhã.

Assim a história se destaca por fazer aquilo que se espera: colocar as loucuras ingênuas da criação de Maurício de Sousa ironizando sem qualquer compromisso e sem se deixar submeter pela história original.

No que se refere a arte, o padrão se mantém sem maiores destaques. O figurino formado por roupas de época, porém, merece uma menção especial: é muito legal ver os personagens trajados com as roupas do filme.

Para não ser só elogios, tenho de dizer que muitas piadas soam um pouco forçadas em comparação a outras histórias melhores da turma. Entretanto, existem momentos ótimos daquela qualidade pura que fez de Mônica e seu bando o que são hoje em dia.

Titônica surge assim como uma opção muito boa de entretenimento para os fãs dos personagens; talvez não seja a melhor encarnação do que eles podem propiciar, mas continua sendo muito dinâmico e divertido, como sempre.

4 de 5 (Muito Bom)