A polêmica surgiu porque o livro, escrito em 1933, foi considerado preconceituoso e racista, sobretudo em alguns trechos em que a personagem Tia Anastácia, por exemplo, é descrita como "negra de estimação"
O novo parecer entende que é responsabilidade do ensino promover a análise crítica e não simplesmente descartar um livro de qualidade por trazer pensamentos próprios de sua época, mesmo que hoje se saiba o quão errados eles estariam.
Seguem alguns trechos da nota do Conselho Nacional de Educação extraídos do site G1 que deixam claro o posicionamento bem mais coerente adotado pelo governo em relação a obra de Monteiro Lobato:
"É dever do poder público garantir o direito à informação sobre os contextos históricos, políticos e ideológicos de produção das obras literárias utilizadas nas escolas, por meio da contextualização crítica destas e de seus autores."
"É também necessário considerar que somos sujeitos da nossa própria época e responsáveis pelos desdobramentos e efeitos das opções e orientações políticas, pedagógicas e literárias assumidas no contexto em que vivemos. Nesse sentido, a literatura, em sintonia com o mundo, não está fora dos conflitos, das hierarquias de poder e das tensões sociais e raciais nas quais o trato à diversidade se realiza.
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