Eu sempre preferi as biografias que se prendiam ao que ocorreu, evitando ao máximo passar impressões pessoais do escritor a respeito daquele que é tematizado. Mesmo assim, já me deparei com com muitos relatos sobre a vida de terceiros onde a carga dramática do autor tornava a obra melhor.
Infelizmente, não é isso que acontecer ao meu ver no trecho inicial (leia também clicando aqui) do best-seller Giane: Vida, Arte e Luta.
Guilherme Fiuza (o autor) opta por fazer um relato simples, mas sempre pontuado com um ou outro elemento descritivo com claro comprometimento meritocrático. A intenção é ressaltar que Gianecchini é uma pessoa especial, digna de admiração em sua trajetória de vida.
Mas todas as inserções do escritor nesta parte inicial parecem desnecessárias. A própria vida do ator deveria (e certamente é) mais que suficiente para justificar a relevância de contar sua trajetória. Mas ele acha por bem fazer julgamentos benéficos para reforçar porque o Reynaldo da Globo é um homem e tanto.
O problema é que Fiuza não parece ser muito bom em realizar essas reflexões pessoais e o livro só perde com isso.
Não é que a biografia cause uma impressão muito ruim, na verdade nos momentos em que o autor se detém na história do ator a leitura flui bem. Mas o relato pouco brilhante pontuado com esses elementos emocionais mal-empregados causam uma sensação de que a Giane: Vida, Arte e Luta poderia ser bem melhor. Ao invés disso, a impressão que fica é de uma obra onde a biografia feita às pressas parece relativamente comprometida pelo propósito comercial.

-Quer conhecer mais sobre a vida do ator sem se importar tanto com a qualidade do relato
-Não se incomoda com um ou outro elemento melodramático desnecessário.
Informações sobre a obra:
Editora: Sextante
Páginas: 304
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